Determinar a chegada de um carro novo ao Brasil é uma tarefa complicada quando o modelo em questão ostenta o logotipo da Hyundai. A importadora Caoa não só evita cerimônias oficiais de lançamento como também faz a primeira menção à novidade através de abrir apenas as encomendas, fase em que os interessados precisam antecipar uma parte do valor do carro, para depois de mais algum tempo efetivar a entrega das unidades. Não foi este belo crossover, infelizmente, que quebrou essa tradição tão peculiar.
Mesmo o olhar menos atento consegue perceber que a nova geração traz evoluções enormes. O carro não só entrou na famosa tendência de estilo de “escultura fluida” como ganhou porte muito mais imponente, com aumento parecido no campo da elegância. Se o primeiro Santa Fe parecia um Tucson alongado e o segundo era neutro demais, ele agora vem preparado para virar todos os pescoços de por onde passa. Capitaneada pela ampla grade, a dianteira começa as referências à esportividade pelo ótimo gosto no desenho das luzes. As laterais ganharam linha de cintura elevada mas também um belo trabalho de vincos, para evitar a impressão de lataria “vazia”. As vigias laterais, por fim, indicam que o “grand finale” fica por conta da traseira: é muito interessante de ver que todos os elementos têm a mesma inspiração vista no novo i30 ou mesmo no HB20, mas com proporções retrabalhadas para garantir a personalidade adequada ao tamanho maior do crossover. Falando em maior, o Santa Fe melhorou tanto porque a Hyundai não resistiu à tendência de os carros subirem um degrau de mercado em relação aos antecessores. Hoje em dia o ix35 ocupa o mercado que já foi do Santa Fe antigo, de forma que este agora entra na seara de Chevrolet Trailblazer e Toyota Hilux SW4 – com essas duas ascensões, o espaço de entrada agora fica com o combalido Tucson, pelo menos até a vinda do esperado crossover baseado no HB20.
Esta novidade vai repetir aqui a intenção dos coreanos de também substituir o irmão maior Veracruz, que nunca teve vendas satisfatórias. É uma pena, no entanto, que esse mercado ficará a cargo do mesmo Santa Fe com dois bancos a mais, em vez da versão norte-americana com entre-eixos alongado e desenho exclusivo. Por outro lado, nada disso tira capacidade deste carro para os dois mercados. Seu interior é de fascinar qualquer um, seja pelo desenho do console, pela combinação de dois tons de materiais de alta qualidade ou pelo espaço recheado de conforto. A versão de cinco lugares parte de R$ 135 mil incluindo ar-condicionado digital bizona, assistência para aclives e declives, nove airbags, bancos com aquecimento (e regulagens elétricas na frente), chave canivete presencial, controles de estabilidade e tração, freios com ABS, EBD, BAS e VSM, luzes externas em LEDs, revestimento da cabine em couro, rodas de liga leve aro 18”, sensores de chuva e estacionamento e central de entretenimento multimÃdia com Bluetooth, GPS, tela de 8” e comandos satélite. Já a versão de sete lugares sai por R$ 155 mil e adiciona desembaçador automático, farois direcionais de xenônio, freio de estacionamento eletrônico, suspensão traseira autonivelante, tampa do porta-malas elétrica, teto solar panorâmico, entre outros. Ambas trazem o motor 3.3 V6 de 270 cv, com câmbio automático de seis marchas e tração integral.