Praticamente qualquer fã de carros já ouviu falar pelo menos uma vez no sucesso dos chamados “cupês de quatro portas”, uma categoria fundada pela própria Mercedes-Benz, com o CLS. Eles são luxuosos e elegantes e sua mistura de estilos atrai muita gente, mas ainda existe uma parcela importante de clientes fieis a certas tradições. Puristas que sempre acreditaram que o lado familiar deve ficar com sedãs e peruas. Seguir tal conceito é o que motiva a existência de carros como o mais novo alemão a chegar ao Brasil.
Muita gente despreza a ideia de subclassificar uma categoria de carros nos chamados “nichos”, mas o fato é que não existe outra forma de lidar com a quantidade de modelos que se lançam a cada mês. Só no Brasil, a lista de compactos já se divide em nível de entrada, pequenos, premium, médios e os de luxo. Passando ao exemplo dos cupês no mundo, mesmo depois de separar os esportivos e os de quatro portas ainda existem nomes que podem compor mais um nicho. As versões cupê de Classe C e Classe E têm proposta muito parecida às de Honda Accord, Hyundai Genesis e às da linha Audi A5 e do futuro BMW Série 4. Eles levam à risca o conceito de serem “versões” de sedãs e peruas, porque sua construção na verdade não difere tanto: fora adaptar as laterais às duas portas e a traseira a um estilo mais jovial, não se costuma fazer praticamente nenhuma outra mudança. Contudo, são justamente essas duas portas que lhes dão todo o apelo exclusivo. Eles perdem o aspecto conservador dos sedãs sem que isso afete sua elegância: esta, por sua vez, ganha toda uma nova interpretação de esportividade refinada e menos óbvia. Pode-se dizer que a categoria do Classe C cupê é a irmã menor do que os europeus costumam chamar de Grand Tourers.
Classificações à parte, o modelo que acaba de chegar ao país é mais uma versão do que já era vendido por aqui desde 2011 apenas nas configurações extremas, C180 e C63 AMG. O nome C250 já indica que a novidade está mais para o segundo degrau que para o penúltimo, mas isso passa longe de ser ruim. O belíssimo visual externo é movido pelo 1.8 que usa turbo e injeção direta, gerando potência de 204 cv e torque de 31,6 kgfm para serem usados com o câmbio 7G-Tronic Plus, automático de sete marchas. Todo este trem-de-força garante aceleração de 0 a 100 km/h em 7s2 e uma velocidade máxima de 240 km/h, além de mover uma cabine recheada de equipamentos. O preço de R$ 189.900 inclui central multimídia com leitor de DVD, navegação GPS, conexão Bluetooth e touchscreen de 11,4”, bancos dianteiros com ajustes elétricos, teto solar panorâmico e o kit de acessórios AMG, que inclui parachoques mais aerodinâmicos e rodas exclusivas aro 17”. Já a lista de itens de segurança se faz com seis airbags, controles de tração e estabilidade, hill holder, freios com ABS e EBD e suspensão auto-adaptativa, entre outros.